quarta-feira, dezembro 21, 2005

Ainda a Fraude dos Templos - Que coisa... Ozéas de Oliveira




A testemunha tem 17 anos, é evangélica e mora no Recanto das Emas. Ela confirmou que entregou uma carta anônima no gabinete da deputada Anilcéia Machado. A estudante disse que estava apenas fazendo favor para um pastor, mas que não sabe o nome dele.
“Eu peguei carona com o pastor e ele disse que ia passar em um lugar antes. Aí, paramos na frente da Câmara. No início, eu não desconfiei. Eu não esperava que isso fosse chegar a mim e que eu fosse entregar uma coisa tão séria. Eu não sabia o que tinha na carta”, disse.
A família da testemunha começou a procurar o pastor, porque ela já teria sofrido três ameaças. “Uma vez, no domingo, estava eu andando de bicicleta e parou um gol, que tinha os vidros bem escuros, atrás de mim. A pessoa que estava no carro mandou que eu tomasse cuidado com o que eu estava falando ou eu iria morrer. Passando um tempinho, me arrumei pra ir à igreja, e quando virei minha rua, um cara bateu no meu braço e me mandou tomar cuidado novamente. E no dia seguinte, encontrei um bilhete na minha casa que me mandava tomar cuidado com o que eu fizesse ou falasse”, conta.
Na carta anônima, o deputado Junior Brunelli é apontado como o suposto responsável pela fraude na lei dos templos religiosos. O texto final, que não foi aprovado em plenário, continha um parágrafo dispensando as igrejas de alvará de funcionamento.
Brunelli nega, e reclama que detalhes da investigação estão sendo divulgados. O funcionário da Comissão de Constituição e Justiça, Maurício Cacioli, chegou a admitir que a falha foi dele, por causa do excesso de trabalho.
Além da Polícia Legislativa, uma sindicância também investigará a fraude. Se ficar provado o envolvimento de algum funcionário da Câmara Legislativa, ele pode ser advertido, suspenso e até demitido. Mas, normalmente, na CDLF é assim: sindicância costuma terminar com a pena mais suave.
Isso acontece, porque a sindicância só possui servidores investigando colegas de trabalho. No dia em que a descoberta da fraude completou dez dias, os deputados da Comissão Especial, que também apura o caso, pediram mais prazo para chegar aos culpados. “É uma investigação complicada. Há um servidor que já admitiu ter errado no processo. Vamos abrir uma comissão de sindicância para apurar isso a fundo e também temos que investigar o eventual envolvimento de parlamentares, que estão sendo denunciados, no caso”, enfatiza o deputado Chico Floresta, presidente da Comissão.

http://dftv.globo.com/Dftv/0,6993,VDD0-2982-20051215-138645,00.html
As coincidencias da vida... acusações passadas continuam...

Brunelli é investigado por assassinato

Deputado é investigado por assassinato
O envolvimento do deputado Júnior Brunelli foi denunciado depois do assassinato de Janaína de Oliveira, de 24 anos, em 14 de março. Ela foi morta dentro de casa onde morava com o marido, no Recanto das Emas. O corpo ficou três dias debaixo da cama do casal. O marido, Júlio César Souza, 28 anos, cumpria pena por homicídio em liberdade condicional e foi preso como o principal suspeito da morte da mulher. Na delegacia ele disse que matou Janaina depois que os dois tiveram uma briga. Mas antes de ser preso, Júlio havia contado uma outra história aos promotores de justiça.

Júlio César disse que a morte de Janaina foi queima de arquivo. Ela teria sido assassinada porque sabia demais. Os dois teriam feito parte de um grupo que prestava serviços para o deputado Júnior Brunelli. Em depoimento ao Ministério Público, Júlio contou que o deputado distrital teria mandado matar os integrantes do grupo para resguardar provas de outros crimes cometidos pela quadrilha, entre eles, tráfico de drogas e compra de votos durante a campanha eleitoral.

Por se tratar de denúncia contra deputado distrital, o procurador-geral de Justiça, Eduardo Sabo, pediu que a Corregedoria de Polícia investigasse o suposto envolvimento de Brunelli. De acordo com o depoimento de Júlio César Souza ao Ministério Público, o deputado distrital seria o mandante de outros dois assassinatos.

A assessoria de Brunelli informou que somente hoje ele teve acesso ao depoimento de Júlio César Souza, mas o próprio deputado já tinha pedido à Justiça que o inquérito corresse em segredo. O pedido foi negado. Júnior Brunelli, que foi indicado pelos partidos para ser novo presidente da Comissão de Ética da Câmara Legislativa, disse que as denúncias contra ele são infundadas.


Imagens: CEDOC-DF
http://dftv.globo.com/Dftv/0,6993,VDD0-2982-20040430-49882,00.html