segunda-feira, novembro 14, 2005

CARTA DE UM ACUSADOR A OUTRO

Alguém lembra dessa carta?
Pois é. Eu guardo tudo.
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Nosso Estado, 09 de novembro de 1997

Exmº. Sr.
MAURÍCIO SILVA
Conselheiro do Tribunal de Contas de Nosso Estado
NESTA


Sr. Maurício,


Recentemente recebi uma cópia da ata das sessão ordinária número 0413, de 17 de janeiro de 1986. Naquela sessão V. Exa. Dirigindo-se aos seus pares apresentando um tema que lhe tem causado preocupações. Refiro-me à destinação de áreas pela TERRANEP, para diversas entidades, que não deram a destinação prevista paras as mesmas quando das solicitação.

O que me causa estranheza é ser sabedor que boa parte daqueles lotes, os destinados ao segmento evangélico contou com a sua intermediação. Verificando alguns documentos onde trata da solicitação dos mesmos, verificamos sua assinatura antes do APROVO emitido pelo governando em exercício quando da origem daqueles documentos.

Diante do fato, apresso-me a informar que outras pessoas tem tomado conhecimento desses documentos que agora passo às suas mãos.

Além de lamentar ter tomado conhecimento dessa sua preocupação e ainda de sua atitude em manifestá-la, não entendo o que o levou exatamente e expressá-la a um órgão tão transparente, legítimo e justo quanto a Casa que ora ocupas uma cadeira de Conselheiro, sabedor que és de sua cumplicidade no caso. Mais estranho ainda é o fato de que um desses lotes (aquele em que foi erguida uma mansão) ser hoje ocupado por uma instituição que, naquela oportunidade, tinha sua pessoa como vice-presidente. Muito estranho...

Uma verdade me consola: essa nobre Casa que o recebeu como “conselheiro” saberá ser justa apurando a verdade e a aplicando as penalidades previstas, doa a quem doer, começando pelos de Casa, se for o caso ( a o que parece é).


Atenciosamente,

Um de seus ex-eleitores (decepcionado)